19 de out. de 2012

Viagem insólita

Fui descendo devagarzinho, começando pela nuca – ela tinha uma nuca branca e de um aroma agradabilíssimo. Fiquei ali parado por um instante embriagado por aquele perfume natural do seu corpo. Seus pelos ralos e quase transparentes faziam cócegas em mim, me foi muito difícil passar por eles sem me perder em devaneios.
            Fui descendo bem devagar, admirando a bela paisagem que seu corpo me mostrava. Com calma fui tateando o vale que se formava entre as duas montanhas brancas que desenhavam seus seios perfeitos. Fiquei por um instante paralisado na dúvida de qual escalar primeiro. Por várias vezes subi e desci aquelas montanhas, e descansei no vale perfumado de seu corpo de mulher.
            De repente me pareceu que a distância entre aquelas montanhas e o oásis que se desvelava para mim nunca chegaria. Aquele corpo perfeito se assemelhava a um campo de trigo, o movimento de seu abdome me fez acreditar que estava perdido em mar revolto, mas mesmo assim valia a pena estar onde eu estava.
            Contornei seu sexo tentando não me entregar à curiosidade de desvendar aquele mundo tão feminino. Atingi sua virilha ainda tonto com a possibilidade de que ela tentasse me tirar dali, mas nada aconteceu, e prossegui.
            Passei bem devagar por suas coxas, e de repente, ela se virou bruscamente me oferecendo outras terras a serem exploradas. Seu glúteo assemelhava-se a uma lua cheia em noite estrelada, e pude ver e sentir cada milímetro, tocar cada minúscula penugem que compunham e enfeitavam meu caminho.
            Ainda atordoado por aquela experiência maravilhosa, desci bem devagar por detrás de suas pernas. Agora o caminho se mostrava como se fosse um lençol de seda, um momento de descanso para o viajante exausto de tantas aventuras.
            Toquei com cuidado seus calcanhares perfeitos e desci as lombadas da sola de seus pés. Eu havia chegado ao final de minha jornada querendo ser o homem perfeito para aquela mulher, mas eu sou apenas uma simples formiga!

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