8 de jan. de 2013

Texticida em 500ml - O poeta e o astronauta

"Atrás de mim, num movimento infinito, a galáxia se move tão sorrateiramente que não noto a sua aproximação. Colisão de estrelas em minha cabeça, fogos noturnos em artifícios que me dominam e dão sentido a tudo. Abro os olhos e vejo enfim, que minha loucura não era sonho: a galáxia é ela; a colisão, seu corpo pensando sobre o meu; os artifícios, o gozo abrupto e avassalador."

Se alguém vier falar de amor, nem tente. Se vier falar de sofrer, experimente a dor primeiro, e me diga depois se nela também não há uma pitada de amor. Preste atenção no poeta e no astronauta, ambos vivem no mesmo lugar. Há sempre um conto em alguma parte, que fala de tudo quanto é possível falar, matando tudo que se pode matar.
No romance que li ontem - ela foi em minha direção, e o que eu vi não foi real - ela deslocando o ar ao seu redor, seu corpo perfeito me pedindo e eu fui, e foi como se ela estivesse nua me pedindo pra seguí-la. Mas era só um romance, simples folhas de papel e tinta...e veio a dor. E não havia mais nada em que acreditar!

Nenhum comentário: