31 de jul. de 2012

Pseudo-poema III

Que eu me valesse
De todas as palavras escritas
E daquelas descobertas ao acaso
Pra dizer das coisas indizíveis
Feita de letras que se juntam
Pra formar um sentimento raro.
Que a literatura
Nas costas de um livro antigo
Tivesse o verso mais digno do mundo
Onde o amor fosse uma frase sem sentido
Rasgado sem ódio e sem mágoa
Marcado com a lágrima derramada
Por um motivo fútil.
E que a voz
Que o vento não calou
Pudesse ler esses versos rasos
Insatisfeitos, tortos
Despudoradamente expostos
Em seu louvor

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